Através do melhoramento genético é possível evoluir em produção de leite, de sólidos, conformação em geral, características de saúde e reprodutivas. A velocidade desta evolução dependerá, entre outras, da herdabilidade de cada característica e da intensidade de seleção.
É também através da genética que é formado um rebanho de vacas A2A2. Neste caso, o tempo para atingir os 100% de vacas de leite A2A2 dependerá do que já existe na fazenda. Primeiro, é necessário que conhecer o genótipo para β-caseína de cada animal, através de testes genômicos e só depois direcionar os acasalamentos com touros que possuem o alelo A2.
Todo direcionamento genético deve estar pautado nos objetivos do rebanho. Além disso, a genética tem um efeito permanente no plantel e não tem como voltar atrás. Por exemplo, ao selecionar fortemente para A2A2, também poderia estar perdendo oportunidades em méritos genéticos de real e expressivo valor econômico, como PTA Leite, Vida Produtiva (PL), taxa de prenhes das filhas (DPR) e outras mais, ao limitar o extenso leque de opções genéticas.
Em resumo, é importante definir um Plano Genético sólido, de acordo com os objetivos econômicos de cada propriedade. Buscando, assim, constantes evoluções no que realmente seja necessário. Produzir leite de animais A2A2 pode, com toda certeza, também estar entre estes objetivos.
Fonte Alta Genetics, com edição de Bianca Sandrine | Lance Rural